A seca no Norte do Estado afeta quem vive da agricultura e da pesca artesanal. Não chove regularmente na região desde o início do ano. Duas vezes por semana, caminhões-pipa abastecem propriedades do interior de Marcelino Ramos. O nível do rio Uruguai está pelo menos 7 metros abaixo do normal. Atualmente, devido a seca, é possível avistar troncos de árvores e cercas antigas que não eram visíveis há pelo menos 10 anos, quando a área foi inundada para formar o lago de uma hidrelétrica.
“O poço nosso dá uns 300, 400 litros diários, quando foi feito dava 6 mil litros por hora. Nós somos em 12 famílias, dá só para umas três e para usar um pouquinho dentro de casa”, afirma o agricultor Anselmo Fritsch.
Em alguns locais, o nível baixou, mas a água ficou represada e formou pequenos açudes. Os peixes que ficaram ali morreram. Faltou oxigênio para os animais, que se transformaram em alimento para pássaros, que tem dificuldade de encontrar comida. A falta de chuva também prejudicou a reprodução de peixes. Tocas usadas para a desova secaram e os alevinos não se desenvolveram. O biólogo Jorge Marinho prevê que a situação vai refletir na população de peixes para o ano que vem.
Seu Antônio diz que o volume de peixes diminuiu pelo menos 60% desde o início do ano. “Está pouco. Estamos pescando porque não tem outro ramo, se tivesse não ia estar sofrendo em barranco na pescaria”, lamenta o pescador Antonio Beloni Rodrigues.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/05/seca-prejudica-pesca-artesanal-no-norte-do-rs.html
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